Introdução: As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionam como porta de entrada para os casos de urgência e emergência e, muitas vezes, para casos de caráter não emergencial. Objetivo: Identificar o conhecimento da população a respeito dos serviços prestados pelas UPAs em Curitiba-PR. Método: Estudo observacional transversal, avaliou 516 pessoas que estavam em espera para atendimento nas UPAs, com classificação não urgente ou pouco urgente, segundo Protocolo Internacional de Manchester. A coleta se deu por meio de questionário semiestruturado aplicado por entrevistador. Resultados: 82,8% dos entrevistados acreditavam estar no local correto para o seu atendimento, fator que foi independente estatisticamente da escolaridade ou do conhecimento sobre as Unidades Básicas de Saúde (UBS); 86,6% dos usuários foram à UPA por busca direta, e uma parcela de 24,9% cogitou ir a uma UBS antes. Dentre os motivos mais frequentes de procura pela UPA, em ordem decrescente, abrangiam questões de locomoção, desconhecimento do funcionamento do sistema de saúde, motivos pessoais, a não necessidade de marcar consulta e, por fim, considerar a própria doença como grave. Conclusão: Existe a necessidade de se fortalecer o vínculo do usuário com as UBS, assim como uma melhor estruturação da atenção primária.
Introduction: Emergency Care Units (ECU) work as a gateway for urgent and emergency cases and, often, also for non- emergency ones. Objective: Identification of the knowledge of the population regarding the services provided by the ECU in Curitiba-PR. Method: A cross-sectional observational study evaluated 516 people who were waiting for care in the ECU, classified as non-urgent or of little urgency, according to the Manchester International Protocol. Data collection occurred through a semi-structured questionnaire applied by an interviewer. Results: 82.8% of the interviewees believed they were in the correct place for their care, a factor that was statistically independent of schooling or knowledge about Basic Health Units (BHU); 86.6% of users went to the ECU by direct search, and 24.9% of users considered going to a BHU before. Among the most frequent reasons for going to the ECU, in decreasing order, ranged from locomotion, lack of knowledge about the operation of the health system, personal reasons, the possibility of just walking in, without the need to make an appointment and, finally, the fact that they considered the illness severe. Conclusion: There is a need to strengthen the user’s bond with the BHU and consequently better structuring of primary care.