A fraqueza muscular constitui um dos principais problemas da paralisia cerebral. Pesquisas demonstram que o treino de força muscular tem sido eficiente para melhoria da performance motora nos indivíduos acometidos por esta patologia. O objetivo do estudo foi investigar os efeitos do fortalecimento muscular, na marcha de adolescentes portadores de paralisia cerebral espástica diplégica. Foram selecionados dois indivíduos com idades de 14 e 18 anos que atenderam os critérios de inclusão do estudo. O tratamento foi realizado duas vezes por semana, durante dez semanas, constituindo-se de sete exercícios para o fortalecimento dos membros inferiores. Os sujeitos foram avaliados na primeira, na décima e na vigésima sessão por meio da dinamometria nos músculos quadríceps e flexores dorsais do tornozelo e do teste de caminhada de seis minutos adaptado. A eficácia do treinamento foi avaliada utilizando-se o teste ANOVA acompanhado do teste Tukey e a estatística descritiva. O índice de significância estabelecido foi de α= 0,05. Como resultado, verificou-se que o fortalecimento muscular mostrou existir relação entre força muscular e capacidade funcional de marcha. Os achados permitem recomendar esta abordagem de reabilitação em adolescentes com diplegia espástica.
Muscle weakness is one of the main problems of cerebral palsy. Research shows that muscle strength training has been effective in improving motor performance in individuals affected by this disease. The study aimed to investigate the effects of muscle strengthening on the gait of adolescents with diplegic spastic cerebral palsy. Two individuals aged 14 and 18 years who met the inclusion criteria of the study were selected. The treatment was performed twice a week for ten weeks, consisting of seven exercises to strengthen the lower limbs. The subjects were evaluated in the first, tenth and twentieth session by dynamometry in quadriceps and dorsal flexors of the ankle muscles and adapted six-minute walk test. The training effectiveness was evaluated using the ANOVA followed by Tukey’s test and descriptive statistics. The significance level was set at α = 0.05. As a result, it was found that the muscle strengthening showed a relationship between muscle strength and functional capacity of gait. The findings can recommend this approach to rehabilitation in adolescents with spastic diplegia.