A VIVÊNCIA COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E A UTILIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO

Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar

Endereço:
Praça Mascarenha de Moraes, 4282 - UNIPAR - Zona III
Umuarama / PR
87502210
Site: https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude
Telefone: (44) 3621-2816
ISSN: 1982-114X
Editor Chefe: Giuliana Zardeto
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

A VIVÊNCIA COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E A UTILIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO

Ano: 2011 | Volume: 15 | Número: 3
Autores: LIMA, V. R.; BALDISSERA, V. D. A.; JAQUES, A. E.
Autor Correspondente: LIMA, V. R. | [email protected]

Palavras-chave: Hipertensão arterial, Adaptação psicológica, Acontecimentos que mudam a vida, Hypertension, Adaptation psychological, Life change events

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao cuidar de pessoas que vivenciam a hipertensão arterial sistêmica faz-se necessário conhecer suas estratégias de enfrentamento, pois atitudes de negação, supervalorização, descrença, perturbação da autoimagem e do autocontrole podem ser identificadas e impulsionarão a pessoa para a não-aceitação de sua condição crônica, favorecendo os riscos de não aderir ao tratamento proposto. Esta pesquisa buscou descrever o impacto da hipertensão arterial sistêmica na vida cotidiana das pessoas que vivenciam a doença, desde seu diagnóstico, apontando as estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas. Desenvolveu-se um estudo qualitativo, descritivo e exploratório. A pesquisa foi desenvolvida com 15 pessoas com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica cadastradas e acompanhadas em um centro de saúde de um município do noroeste do Estado do Paraná-Brasil, conduzidos em grupo de encontros semanais, durante 12 semanas, no período de Julho a Outubro de 2008, pelo método de abordagem narrativa da enfermidade através da técnica de grupo focal. No que se refere ao cotidiano da vida, desde o diagnóstico da doença, apreendemos que houve impactos referentes à dieta, ao uso contínuo de medicamentos como rotina e ao controle do estresse. Como estratégias de coping evidenciaram-se a gestão do problema e a gestão da emoção, incluindo a prática do lazer, mudanças nas práticas alimentares, mudanças na rotina de vida diária com hábito diário de auto-administração de medicamento, busca pela espiritualidade. O reconhecimento dessas estratégias pelas equipes de saúde e sua correta utilização fazem-se necessárias para consolidá-las mediante ações assistenciais que incluam apoio, colaboração e co-participação familiar.



Resumo Inglês:

When taking care of people with systemic hypertension, it is necessary to know coping strategies, since attitudes of denial, overvaluation, disbelief, disturbances of the self-image and self-control can be identified and will lead the person to a non-acceptance of his chronic condition, favoring the risks of non-compliance to the proposed treatment. This study aimed to describe the impact of systemic hypertension on the daily lives of people that have the disease, since its diagnosis, focusing on the used coping strategies. This is a qualitative, descriptive and exploratory study. The research was developed with a group of 15 people diagnosed with systemic hypertension, registered and attended at a health center of a municipality from the northwest of Paraná State, Brazil. The group had weekly meetings, during 12 weeks from July to October 2008, and the narrative approach of the disease through the focus group technique was used. Regarding everyday life, since the disease diagnosis, there were impacts on the diet, routine of continuous medication use and stress management. The management of the problem and management of the emotion, including the practice of leisure, changes in eating habits, changes in daily life routine with daily habit of self-administration of the drug, and spiritual quest were used as evident coping strategies. The recognition of these strategies by the health personnel and their proper use is necessary to consolidate them through assistance services that include support, collaboration and family co-participation.