As consequências de uma fraude no mundo da ciência são as mais diversas possíveis. Paul Kammerer (1880–1926) pagou com a vida por uma fraude que nunca se provou ter sido praticada por ele. Defensor da teoria de Jean Baptiste Lamarck (1744–1829) de que as características adquiridas acidentalmente se transmite aos descendentes, Kammerer apresentou no ano de 1923 o resultado de uma pesquisa com sapos, em que obrigou a se acasalarem na água, uma espécie a dos sapos-parteiros de terra firme, que não têm o polegar colorido típico da espécie que vive na água, Kammerer demonstrou que esses sapos uma vez colocados em água tinha adquirido seus polegares coloridos, típicos de outra espécie acostumada com a ovipostura aquática, demonstrando com isso a transmissão de caracteres adquiridos aos descendentes. Em 1926, entretanto, descobriu-se que os polegares dos sapos de Kammerer haviam sido pintados. Foi aberto um inquérito no Instituto de Pesquisas de Viena, apurar o responsável pela fraude. Kammerer sentindo-se desacreditado, matou-se com um tiro na cabeça. O inquérito mostrou-se inconclusivo.