Desenvolvimento rima com encantamento

Maloca

Endereço:
Rua Sérgio Buarque de Hollanda - 421 Biblioteca Central César Lattes - 1º andar - Cidade Universitária
Campinas / SP
13.089-859
Site: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/maloca/index
Telefone: (19) 3521-1633
ISSN: 2675-3111
Editor Chefe: Artionka Capiberibe e Antonio Gerreiro
Início Publicação: 27/12/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Arqueologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia

Desenvolvimento rima com encantamento

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Alcida Rita Ramos
Autor Correspondente: A. R. Ramos | [email protected]

Palavras-chave: povos indígenas, desenvolvimento, interculturalidade, ecumenismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao trabalhar o tema do desenvolvimento e da interculturalidade, a antropologia, com sua experiência centenária de tentar compreender mundos não ocidentais, tem a obrigação de 1) questionar a validade universal de expressões como essas, principalmente, quando se transformam em produtos de exportação e 2) trazer à discussão exemplos não ocidentais que refutem, reduzam, ampliem ou dialoguem com esses conceitos. Este trabalho tem por objetivo apresentar situações extraídas de diversos contextos indígenas com o propósito de a) mostrar o quão inadequada é a definição canônica de desenvolvimento para tratar de experiências indígenas que envolvem recursos e riqueza e b) argumentar que o conceito de interculturalidade só merece esse nome quando promove um ecumenismo de ideias e práticas sobre o bem comum, escapando de modismos e premissas ideológicas nem sempre justas em termos de diversidade étnica. Serão analisados vários casos da região amazônica sobre planejamento territorial, experiências que procurar combinar a lógica da dádiva com a lógica do mercado e outras atividades, digamos, heterodoxas do ponto de vista estritamente ocidental



Resumo Inglês:

When focusing on development and interculturality, anthropology,  with  its  century-old  experience  with  trying to understand non-Western worlds, would do well to 1) question the universal validity of such notions, especially when they become export products, and 2) bring up non-Western cases that refute, reduce, enlarge or dialogue with them. It examines various indigenous situations a) to show the inadequacy of the canonical definition of development when applied to indigenous experiences involving resources and wealth; b) to argue that the concept of interculturality is worthy of its name when it promotes an ecumenismof ideas and practices about the common good. It avoids fads and ideological premises that are often unfair to ethnic diversity. It examines several cases in Amazonia regarding territorial planning, actions that attempt to combine the logic of the gift and that of the market, as well as other, let us say, heterogeneous activities from the strictly Western point of view.