O artigo revisita alguns argumentos sobre a relação entre gênero, imagens e arte, especialmente no que se refere às representações de imagens femininas no campo das artes visuais no ocidente e a perpetuação da naturalização da violência sexual e da submissão do corpo da mulher a certo olhar contemplativo masculino. A discussão apresentada é atravessada pelos acontecimentos de 2017 no Brasil, quando a exposição “Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira” foi subitamente encerrada, e atualizada em 2020 quando, em meio a uma das maiores pandemias do século, os índices de violência contra mulheres aumentam vertiginosamente. Que imagens são necessárias para o nosso tempo? Quais as ressonâncias necessárias desse debate no campo da arte e da educação? Este texto inscreve-se nesse propósito, pretendendo agregar mais argumentos para a urgência do debate, necessariamente coletivo.