A história da ciência busca compreender o processo de estruturação e de transformação do pensamento científico ao longo do tempo, em meio a uma sucessão interminável de cenários matizados por eventos culturais, econômicos e políticos, que não serão, aqui, abordados. Dentre outras abordagens possíveis, o objetivo desta reflexão qualitativa, bibliográfica e exploratória é destacar, de forma não exaustiva e não universal, as características dos pressupostos epistemológicos que emergiram na ciência em diferentes eras históricas. Adotando-se a concepção da estrutura das revoluções científicas proposta por Thomas Kuhn como componente sustentador, o trabalho apresenta as perceptíveis transformações do pensamento científico desde o classicismo racional até a complexidade requerida pela ciência atual. Termina-se por assumir que a complexificação anunciada pela pós-modernidade não faz dela um modelo ideal de se fazer ciência, que outras transformações vieram a reboque e que a própria noção de complexidade admite a coexistência dos diferentes paradigmas historicamente apresentados.
The history of science seeks to understand the process of structuring and transformation of scientific thought over time, in the midst of an endless succession of scenarios tinged with cultural, economic and political events, which will not be addressed here. Among other possible approaches, the objective of this qualitative, bibliographic and exploratory reflection is to highlight, in a non-exhaustive and non-universal way, characteristics of the epistemological assumptions that have emerged in science in different historical eras. Adopting the concept of the structure of scientific revolutions proposed by Thomas Kuhn as a supporting component, the work presents the perceptible transformations of scientific thought from rational classicism to the complexity announced by current science. It ends by assuming that the complexity announced by post-modernity does not make it an ideal model for doing science, that other transformations have come to the fore, and that the very notion of complexity admits the coexistence of the different paradigms historically presented.
