O objetivo da presente pesquisa foi traçar o perfil sociodemográfico, comportamental e a autopercepção da condição de saúde de moradores adultos do Distrito Ferraria, localizado no município de Campo Largo, Paraná, Brasil. Com desenho transversal de base populacional, aplicou-se um questionário aos residentes, composto de dados socioeconômicos (classe social, escolaridade, profissão e renda), demográficos (sexo, cor da pele, idade e estado civil) e comportamentais (consumo de álcool, atividade física e morbidades), além da autopercepção da condição de saúde, de moradia e segurança. Os dados obtidos foram tabulados e expressos em frequências. Um total de 373 indivíduos foi avaliado, com média de idade de 48,9 anos. A maioria foi composta de mulheres (73,2%) e de brancos (63,5%), com ensino fundamental incompleto, e média de renda familiar de R$ 1928,25. No momento da coleta, 32,2% se encontravam desempregados. Quanto à qualidade de vida, 57,6% a avaliaram como boa. Dentre as condições de saúde e hábitos comportamentais, destacaram-se os casos de hipertensão (42,0%) e uso de cigarro (70,0%). Em relação às condições de moradia, a maioria (n = 265; 76,0%) relatou estar “satisfeito” e “muito satisfeito”, enquanto em relação à segurança durante o dia e à noite, as respostas se concentraram na categoria “às vezes”, em ambas. Concluiu-se que o perfil da amostra analisada condiz com o de localidades que tem certo grau de satisfação, mas que ainda carece de melhorias em diversos aspectos, sendo eles sociais, econômicos e de infraestrutura. Este estudo poderá ser útil para o direcionamento de ações das organizações responsáveis pelas demandas mais urgentes dessa comunidade.
Our study aimed at tracing the sociodemographic, behavioral profile and self-perception of the health condition of adult residents of the Ferraria District, located in the municipality of Campo Largo, Paraná, Brazil. With a cross-sectional population-based design, a questionnaire was applied to residents, composed of socioeconomic data (socialclass, education, profession and income), demographic (sex, skin color,age and marital status) and behavioral (alcoholconsumption, physical activity and morbidities), in addition to self-perception of health, housing and safety conditions. The data obtained were tabulated and expressed in frequencies. In total, 373 individuals were evaluated,with a mean age of 48.9 years. The most were women (73.2%) and white (63.5%), with incomplete middle school, and average family income of R$ 1,928.25. At the time of collection, 32.2% were unemployed. Regarding quality of life, 57.6% rated it as good. Among the health conditions and behavioral habits, the cases of hypertension stood out (42.0%) and cigarette smoke (70.0%). Regarding housing conditions, the most (n = 265; 76.0%) reported being “satisfied” and “very satisfied”, while regarding safety during the day and at night, the answers focused on the category “sometimes”, in both. We concluded that the profile of the sample analyzed is consistent with that of localities that have a certain degree of satisfaction, but that still lacks improvements in several aspects, such as those social, economic and infrastructure. Our study may be useful for directing actions of the organizations responsible for the most urgent demands of this community.