Este artigo tem por objetivo fazer uma análise crítica das principais correntes de interpretação da crise política e econômica brasileira, eclodida em 2013, que teve como pressuposto a crise financeira mundial de 2008. Após uma breve contextualização, será apresentado o diagnóstico e a visão ortodoxa da crise, que identificamos como a teoria advinda da Síntese Neoclássica; posteriormente a visão heterodoxa, que entendemos como a teoria Pós-Keynesiana; e por fim argumentaremos em base à Teoria Marxista sobre a crise, que entendemos não se encaixar nem na ortodoxia e nem na heterodoxia econômica. A conclusão revela um diagnóstico distinto para a crise brasileira entre as três visões uma vez que além das divergências entre economistas ortodoxos e heterodoxos, o conceito chave para a análise econômica, que para estes situa-se em torno da taxa de investimento, para os economistas “críticos da Economia Política” situa-se em torno da taxa de lucro.
This article intends to make a critical analysis of the main currents of interpretation of the Brazilian political and economic crisis, which began in 2013, which had as a presupposition the world financial crisis of 2008. After a brief contextualization, the diagnosis and the orthodox view of the crisis, which we identify as the theory derived from the Neoclassical Synthesis; later the heterodox vision, which we understand as the Post-Keynesian theory; and finally we will argue on the basis of the Marxist Theory on the crisis, which we understand does not fit either orthodoxy or economic heterodoxy. The conclusion reveals a distinct diagnosis for the Brazilian crisis between the three views since, in addition to the divergences between orthodox and heterodox economists, the key concept for economic analysis, which for these is situated around the investment rate, for economists "Critics of Political Economy" is centered around the rate of profit.