Este trabalho é uma reflexão sobre as práticas de professores de Língua Inglesa, em contexto de Língua Internacional, e se fundamenta na forma de lidar com a compreensão oral. A partir da premissa do empoderamento da compreensão escrita e do desprestígio da fala em aulas de Inglês como língua estrangeira, o estudo faz referências a autores como Jenkins (2000) e Pagotto (2004), os quais problematizam a relação entre os diversos falares e a pronúncia como elemento identitário e em estreita menção de que os contextos de fala são importantes para entender as formas de oralidade em sala de aula de línguas estrangeiras. Consubstanciados nessa premissa, buscamos tratar o ensino de pronúncia e de compreensão oral segundo concepções de inteligibilidade e de comunicabilidade que prezam a função comunicativa da fala e a interação entre falantes objetivando mediar acordos e conflitos. Assim, o artigo problematiza questões sobre o ensino-aprendizagem da oralidade em língua inglesa, e define princípios que norteiam suas práticas em contextos interculturais. Além disso, temas fonéticos e fonológicos que podem ser considerados para estudos e pesquisas no campo da pronúncia foram propostos. Vale salientar que os princípios aqui desenvolvidos podem ser aplicados ao ensino-aprendizagem de qualquer língua estrangeira, muito embora aspectos da língua inglesa tenham sido priorizados.
This study is a reflection on teaching practices of English in the context of International Language, and is based upon ways on how to work oral comprehension. From the premise of the overvaluation of written comprehension and the neglecting of speech in the classes of English as a Foreign language (EFL), this text makes references to authors such as Jenkins (2000) and Pagotto (2004), who discuss the relationship among speech varieties and pronunciation as elements of identity in a close mention that the speech contexts are important so to understand speech diversity in the classroom of foreign languages. Based on this premise, the teaching of pronunciation and oral comprehension was dealt with according to the conceptions of intelligibility and communicability which value the communicative function of speech and the interaction among speakers whose goal is to mediate agreements and conflicts. Thus, this article discusses some questions related to the teaching of pronunciation and oral comprehension in English language classes, and defines principles which guide practices for the teaching of pronunciation in intercultural contexts. Furthermore, phonetics and phonological themes which can be taken into account for studies and research in the pronunciation area, were proposed. The principles mentioned here can be applied to the teaching of any foreign language, even though aspects of the English language were prioritized.