“SE PÁ, NÃO ERA!”: RELAÇÕES GERACIONAIS E ADULTOCENTRISMO NO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE PORTO ALEGRE

Revista Todavia

Endereço:
Avenida Bento Gonçalves 9500 - Agronomia
Porto Alegre / RS
91509-900
Site: https://seer.ufrgs.br/revistatodavia/index
Telefone: (51) 3308-6630
ISSN: 2179-1369
Editor Chefe: Luciana Garcia de Mello
Início Publicação: 09/07/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Arqueologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

“SE PÁ, NÃO ERA!”: RELAÇÕES GERACIONAIS E ADULTOCENTRISMO NO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE PORTO ALEGRE

Ano: 2011 | Volume: 2 | Número: 3
Autores: João Paulo Pontes
Autor Correspondente: João Paulo Pontes | [email protected]

Palavras-chave: Relações geracionais. Adultocentrismo. Participação. Orçamento Participativo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com o processo de redemocratização das instituições políticas brasileiras, ampliaram-se iniciativas visando à participação da sociedade civil em decisões públicas. Neste contexto, o Orçamento Participativo (OP) de Porto Alegre formalmente possibilita a participação cidadã no planejamento dos recursos públicos da cidade. Contraditoriamente, observam-se baixos índices de participantes em idades até 25 anos, índices agravados nas instâncias de maior representatividade e poder de decisão – observação que reforça crescentes análises acerca do desinteresse da maioria de pessoas tidas como jovens em instituições democráticas, em detrimento de formas não tradicionais e institucionalizadas de exercício da cidadania. Porém, muitas destas análises reproduzem concepções substancialistas, essencialistas e naturalizadas ao definir juventude como período de transição entre infância e vida adulta. Paradoxalmente, sustenta-se aqui um deslocamento epistemológico, considerando-se o objeto como socialmente construído, estruturalmente situado na dimensão das relações geracionais – relações forjadas em exercícios de poder e dominação, distintas nos variados contextos.