Nesse artigo, tento esboçar algumas relações que fazem a ponte entre a desterritorialização e a reterritorialização capitalistas pelo espaço colonial, em suas dinâmicas civilizatórias que tentam impor uma visão única e excludente da realidade enquanto história universal e produzir um imaginário generalizado como alicerce de controle e cerceamento. Para trazer uma dimensão mais empírica e próxima, no segundo tópico busco analisar como esses processos se deram na região da Colônia Africana de Porto Alegre (hoje bairro Rio Branco), em uma linha do tempo situada entre o final do século XIX e primeira metade do século XX, identificando os discursos produzidos pela Igreja católica, pelos jornais da região e pelo Estado. Por último, traço uma síntese entre essas duas partes, trazendo conflitos territoriais mais recentes e sociabilidades contra hegemônicas.