Este artigo trata dos dilemas enfrentados pelos artistas de Theru-K-Koothu, forma teatral folclórica do estado de Tamil Nadu, Índia, quando deslocados de seu contexto ritual, comunitário e agrário, e lançados em um mundo globalizado e urbano, onde o imaginário coletivo e a organização social diferem daquela em que esta manifestação cultural foi gestada. Desse modo, analisa as consequências e desdobramentos deste choque entre sistemas de valores tão diferentes sobre os artistas, suas redes de relações e sobre a própria estrutura da encenação, tomando emprestado o conceito de “desencantamento do mundo” de Weber, avançando para a dimensão que ele toma nos escritos de Fischer-Lichte, em cruzamento com o conceito de “liminaridade” apresentado por Caballero. A pergunta que se levanta desse encontro é: o que o Theru-K-Koothu pode nos dizer sobre nosso próprio desencanto e quais estratégias pode nos oferecer como antídoto a ele?
This article addresses the dilemmas faced by the artists of Theru-K-Koothu, folkloric theatrical form of the state of Tamil Nadu, India, when displaced from their ritual, community and agrarian context, and launched into a globalized and urban world, where the collective imaginary and social organization differ from that where this cultural manifestation was gestated. Thus, analyzes the consequences and ramifications of this clash between two very different value systems on the artists, its networks and on the very structure of the performance, taking as argument the concept of “disenchantment of the world” of Weber, advancing to the dimension that the concept gets in the writings of Fischer-Lichte, in connection with the concept of “liminality” expressed by Caballero. The question that arises from this unusual encounter is: what can Theru-K-Koothu tell us about our own disenchantment and what strategies can it offer us as an antidote to it?
Este artículo aborda los dilemas que enfrentan los artistas de Theru-K-Koothu, una forma teatral folklórica del estado de Tamil Nadu, India, cuando desplazado de su contexto ritual, comunitario y agrario, y lanzado a un mundo globalizado y urbano, donde la imaginación colectiva y la organización social difiere de aquella donde se creó esta manifestación cultural. De esta manera, analiza las consecuencias y desarrollos de este choque entre sistemas de valores tan diferentes en los artistas, sus redes de relaciones y en la estructura misma puesta en escena, tomando prestado el concepto de Weber de "desencanto del mundo", avanzando a la dimensión que toma en los escritos de Fischer-Lichte, en cruce con el concepto de “liminalidad” presentado por Caballero. La pregunta que surge de esta reunión es: ¿qué puede decirnos Theru-K-Koothu sobre nuestro propio desencanto y qué estrategias nos puede ofrecer como antídoto?