A técnica pianística tem sido amplamente discutida, entretanto, ainda é comum nos depararmos com crenças de que a mesma depende de fatores como o talento nato, o esforço repetitivo ou o tamanho das mãos. A perpetuação desse pensamento pode culminar em dores, lesões, problemas emocionais e até mesmo na interrupção definitiva das atividades artísticas. O presente artigo tem como objetivo analisar e sistematizar abordagens que promovem uma maneira saudável, racional e musical de se pensar a técnica pianística por meio de sete categorias ou pilares: postura corporal, coordenação dos movimentos, função do braço, movimentos semicirculares inferiores e superiores, movimentos rotatórios, deslocamento lateral progressivo no teclado e agrupamentos de leitura e realização. Conclui-se que, apesar da constatação de pequenas discordâncias entre os autores, há uma convergência na busca pela eficácia pianística por meio do bem-estar físico, traduzido no desenvolvimento da consciência corporal e, consequentemente, na qualidade e variedade sonora. A categorização dos pilares promove o acesso mais claro aos conceitos analisados e permite uma maior eficiência na sua aplicação.
Piano technique has been widely discussed, and yet we are frequently confronted with outmoded beliefs concerning its dependence on factors such as natural talent, repetitive effort or hand size. The perpetuation of these antiquated notions can culminate in pain, injury, emotional problems, and even the definitive interruption of any artistic activity. This article aims to analyze and systematize approaches that strive for a healthy, rational and musical ways of thinking piano technique and categorize them into seven pillars: body posture, movement coordination, arm functions, including semi-circular and rotational movements, lateral displacement on the keyboard and note grouping for enhanced cognition and technical mastery. It is concluded that, despite of small disagreements between the authors, there is a convergence in the search of pianistic efficacy through physical well-being, translated into the development of body awareness and, consequently, in the quality and variety of sound. The categorization of the pillars, in turn, promotes easier access to the analyzed concepts and allows greater efficiency in their application.