Este artigo analisa projetos de memória jornalística, desenvolvidos por três grupos brasileiros de comunicação, utilizando como referenciais teóricos pensadores dos Estudos da Memória. Usando recursos de arquivos, organizados em centros de memória, estes projetos produzem novos materiais mediáticos e bens simbólicos que ganham novo ciclo de vida jornalístico. Iniciativas como Memória Globo, Acervo Estadão, Memória O Globo e Acervo O Globo parecem operar simultaneamente como uma valorização da memória coletiva e como uma ferramenta para produção de novos conteúdos. Tais projetos funcionam como lugares de memória, na concepção de Pierre Nora, mas também ressaltam a visão de Pollak, segundo a qual a memória coletiva é feita de camadas de recordação e de esquecimento.