Filosofia moral sem antropologia

Kant e-prints

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ISSN: 1677-163X
Editor Chefe: Daniel Omar Perez
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Filosofia moral sem antropologia

Ano: 2017 | Volume: 12 | Número: 3
Autores: A. Pavão
Autor Correspondente: A. Pavão | [email protected]

Palavras-chave: filosofia moral, antropologia, dever, imperativo categórico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nesse texto, pretendo apresentar, de modo muito conciso, as razões que acredito ter para não me considerar convencidoda importância da antropologia na filosofia moral (crítica) de Kant. As razões que apresento aqui se prendem à compreensão de Kant sobre o dever na GMSe KpV. Por fim, façoalgumas considerações sobre como interpreto o papel da antropologia na filosofia moral kantiana. Vale esclarecerque esse texto foi originalmente escrito por ocasião de uma salutar discussão que tive, há alguns anos,com Daniel Omar Perez, a partir do artigo de sua autoria, intitulado“A antropologia pragmática como parte da razão prática em sentido kantiano”, publicadona revista Manuscritoem 2009. Embora eu não me detenha nos detalhes da instigante leitura de Perez, considero que a substânciadesse artigopode ser lida como uma reposta a ele, ou como uma simples apresentação de uma leitura alternativa. Perez defende que a antropologia em Kant visa a responderquestões que se situam no plano da filosofia transcendental. Tendo como objetoo homem, a antropologia de Kant promoveriauma reflexão essencialmente críticasobre a possibilidade da proposição sintéticaa priori “ohomem é cidadão do mundo”. Desse modo, Perezrealça o papel que a antropologia desempenharia na filosofia moral de Kant, conferindo a ela uma importância que me parece excessiva.



Resumo Inglês:

In this text, I intend to present, in a very concise manner, the reasons that I believe I have not convinced for myself of the importance of anthropology in Kant’s (critical) moral philosophy. The reasons I present here relate to Kant’s understanding of duty in GMS and KpV. Finally, I make some observations about how I interpret the role of anthropology in Kantian moral philosophy. It is important to clarify that this text was originally written on the occasion of a salutary discussion that I hadwith Daniel Omar Perez a few years ago, from his article entitled “A antropologia pragmática como parte da razão prática em sentido kantiano”, published in the journal Manuscript in 2009. Although I do not dwell on the details of Perez’s instigating reading, I consider that the substance of this article can be read as a response to it, or as a simple presentation of an alternative reading. Perez argues that anthropology in Kant aims to answer questions that lie on the plane of transcendental philosophy. Kant’s anthropology, taking man as object, would promote an essentially critical reflection on the possibility of synthetic a priori proposition “man is a citizen of the world.”Thus, Perez emphasizes the role that anthropology would play in Kant’s moral philosophy, giving it an excessive importance.