HOMICÍDIOS DE MULHERES E MENINAS NO ESTADO DO PARANÁ: UMA ANÁLISE TERRITORIAL RETROSPECTIVA DE 2014 A 2018

Revista Brasileira de Desenvolvimento Territorial Sustentável

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ISSN: 2447-4096
Editor Chefe: Elaine Cristina de Oliveira Menezes
Início Publicação: 01/07/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

HOMICÍDIOS DE MULHERES E MENINAS NO ESTADO DO PARANÁ: UMA ANÁLISE TERRITORIAL RETROSPECTIVA DE 2014 A 2018

Ano: 2020 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: C. Wanzinack, M. G. de Souza, V. de O. Lucchesi, M. C. Signorelli
Autor Correspondente: C. Wanzinack | [email protected]

Palavras-chave: Homicídio. Violência de gênero. Mulher. Agressões. Paraná

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Brasil é o país com maior número absoluto de homicídios no mundo. Objetivamos realizar uma análise temporal e territorial dos homicídios contra mulheres e meninas no estado do Paraná entre 2014 e 2018. A metodologia utilizada foi um estudo ecológico retrospectivo de tendência temporal dos homicídios no período. Os dados oficiais de homicídios foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, enquanto dados da população feminina foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva, incluindo cálculo de taxas por 100 mil mulheres, características das vítimas, causa do homicídio e distribuição geográfica, os quais foram plotados em mapas no software QGIS. Os principais achados foram: 1) redução de 27% no número de homicídios contra mulheres e meninas no Paraná entre 2014 e 2018; 2) as principais causas foram por armas de fogo (44%), seguidas de objetos cortantes/perfurantes (32%); 3) o perfil das vítimas era predominantemente de mulheres jovens, de 25 a 34 anos (27%), seguido por 15 a 24 anos (25%); brancas (77%), com 4 a 7 anos de escolaridade (36%) e solteiras (61%); 4) o local mais comum do homicídio foi o domicílio, contabilizando 35% dos casos; 5) geograficamente, a região metropolitana de Curitiba, litoral, região de fronteira com o Paraguai e com o Mato Grosso do Sul, assim como o entorno de cidades como Londrina, Cascavel, Maringá e Paranavaí foram alguns clusters que apresentaram taxas de homicídio acima da média do estado.