O presente artigo aborda a relação entre ensino de história e patrimônio cultural nas práticas educativas elaboradas para as fortalezas de Anhatomirim, Ratones e Ponta Grossa, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instituição tutora destas fortalezas desde 1979, 1990 e 1991, respectivamente. O artigo tem como objetivo analisar o Programa de Turismo Educativo desenvolvido por esta universidade no contexto do Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina: 250 anos de História Brasileira (1989-1991); identificar as continuidades e as mudanças nestas práticas propostas desde a década de 1970 até hoje, por meio de documentos produzidos pela Universidade, a página da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina e narrativas orais transcritas no CD-ROM Fortalezas Multimídia; problematizar as concepções de história e patrimônio identificadas nestas propostas; e, a partir da perspectiva decolonial, apontar possibilidades outras de elas virem a ser espaços de diálogo plural e intercultural.