Impactado pela ocupação irregular e pelo lançamento de esgoto in natura, o manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul é um ambiente de rica biodiversidade, provedor de diversos serviços ecossistêmicos. Neste estudo são focadas estratégias de promoção da sustentabilidade em Gargaú, localidade nele situada, associando a sua conservação aos usos dos recursos comuns praticados pelos habitantes locais. As principais questões investigadas foram: “Seria viável a criação de uma Unidade de Conservação – UC na região, para fortalecer os mecanismos de proteção ao manguezal?”; e “Como a comunidade local vislumbra o cenário de degradação ambiental e a criação de uma UC?”. A comunidadade local depende fortemente dos recursos da área estuarina e apontou o desmatamento do manguezal e o despejo de esgotos no rio como principais causas de impactos negativos e, apesar de não terem efetivo conhecimento sobre Unidades de Conservação, aceitam a sua criação com ressalvas, mas entendem ser essa uma medida necessária para conservar o manguezal que os sustenta.
Being impacted by illegal occupation and untreated sewage release, the mangrove estuary of the Paraíba do Sul River has high biodiversity and provides various ecosystem services. In this study, we focused on strategies for sustainability promotion in Gargaú, a locality in this estuarine region, associating mangrove conservation to the uses of common resources practiced by locals. The main investigated issues were: “Would it be feasible to create a Conservation Unit in order to reinforce legal mechanisms to protect the mangrove?”; and “How does the local community see the scenario of environmental degradation and the proposal of creating a Conservation Unit in the region?”. Locals strongly depend on the estuarine area resources and perceive mangrove deforestation as well as untreated sewage release as the main causes of negative impacts. Despite not knowing what a Conservation Unit actually is, local key informants agreed to its creation after clarification of the categories and groups fixed by Brazilian legislation. Although accepting it with reservation, they understood it is a necessary measure to conserve the mangrove that sustains them.