Kuhn e a biologia evolutiva de Darwin

Revista Helius

Endereço:
Avenida da Universidade, 850 - Campus Betânia - Alto da Brasília
Sobral / CE
62040370
Site: https://helius.uvanet.br/index.php/helius/
Telefone: (88) 3611-6370
ISSN: 23578297
Editor Chefe: Fabrício Klain Cristofoletti
Início Publicação: 06/02/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Kuhn e a biologia evolutiva de Darwin

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Robinson Guitarrari, Paulo Pirozelli
Autor Correspondente: Robinson Guitarrari | [email protected]

Palavras-chave: Thomas Kuhn. Darwin. Progresso. Evolução. Desenvolvimento Científico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Thomas Kuhn usou a teoria da evolução para discutir o desenvolvimento científico em dois momentos de sua produção filosófica: em A estrutura das revoluções científicas, de 1962 (1970a), e em alguns artigos escritos no início dos anos 1990. O objetivo deste artigo é examinar os diferentes propósitos de cada uma dessas aproximações. Entendemos que, na primeira ocasião, o apelo à teoria da evolução tem duas finalidades: mostrar a plausibilidade de uma concepção filosófica de progresso científico sem um fim prefixado; e servir como modelo para uma concepção de desenvolvimento científico. No segundo momento em que tematiza o ponto, Kuhn expande a analogia evolucionária, considerando três outras similaridades entre desenvolvimento científico e biológico: a necessidade de isolamento das comunidades científicas para o desenvolvimento da ciência; a relação mundo-teoria, que passa a ser vista como uma relação de adaptação; e a unidade de desenvolvimento, que assim como na biologia, passa a ser vista como o grupo, em vez do indivíduo.



Resumo Inglês:

In order to explain aspects of scientific development, Thomas Kuhn made use of the theory of evolution in two moments: in The Structure of Scientific Revolutions, published in 1962 (1970a), and in some articles written in the early 1990s. The aim of this paper is to examine the different purposes of each of these approaches. On the first occasion, Kuhn’s appeal to the theory of evolution has two goals: showing the plausibility of a philosophical conception of scientific progress without a prefixed end; and serving as a model for a new conception of scientific development. In the second moment, Kuhn expands the evolutionary analogy, considering three other similarities between scientific and biological development: the necessity of isolation for scientific communities to produce better cognitive instruments; the world-theory relationship, which is now seen as an adaptation relationship; and the unit of development that is taken as the group, not the individual.