Sentimento de dependência, medo e egoísmo nas Preleções sobre a essência da religião de Ludwig Feuerbach

Revista Eros

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ISSN: 2357-8246
Editor Chefe: Fabrício Klain Cristofoletti
Início Publicação: 30/06/2013
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Filosofia

Sentimento de dependência, medo e egoísmo nas Preleções sobre a essência da religião de Ludwig Feuerbach

Ano: 2020 | Volume: 2 | Número: Não se aplica
Autores: R. F. N. ARCANJO.
Autor Correspondente: R. F. N. ARCANJO. | [email protected]

Palavras-chave: Religião Natural. Natureza. Sentimento de Dependência.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com base no pensamento de Ludwig Feuerbach, o surgimento e o comportamento religioso que se manifesta no homem é dada pelas religiões naturais por meio do culto a elementos da natureza, na qual por trás dessas religiões estaria a verdade da mesma. Assim, a natureza mistificada surgiu possivelmente na ignorância do homem frente aos fenômenos naturais. Sob essa ótica, o presente artigo busca uma melhor compreensão de como se iniciou o sentimento e o comportamento religioso no homem, esclarecendo esse surgimento nos elementos presentes nas religiões naturais, em suas práticas religiosas, bem como explicar o sentimento de dependência da natureza e suas expressões como fundamento da adoração religiosa à luz das Preleções sobre a essência da religião. Feuerbach nos mostra que as práticas religiosas se iniciaram na relação entre homem e natureza, na qual essa se demonstra como segurança e hostilidade. Assim, os povos primitivos, diante da incompreensão do mundo, sentem medo, insegurança e a necessidade de proteção, tornando-se dependente dela, e, ao desenvolverem um sentimento de dependência em relação à natureza, há uma contribuição para a origem das religiões. Deste modo, constata-se um egoísmo que o homem exerce no sentido de preservação e conservação, buscando o bem para si e esse instinto de sobrevivência está de acordo com a natureza humana de apropriar-se do que lhe faz bem e evitar o que lhe faz mal, suprindo, dessa forma, seu egoísmo existencial.