O presente trabalho pretende analisar de forma sintética as relações político-econômicas que marcaram o planejamento para a estabilização econômica do Brasil no período entre a implementação do Plano Cruzado, em 1986, e do Plano Real, por volta de 1993 e 1994. Para tanto, foi feito o uso da pesquisa qualitativa e de cunho histórico, compreendendo-se, nos aspectos políticos e institucionais, alguns elementos relevantes para a apreensão das limitações e perspectivas à aplicabilidade das políticas econômicas surgidas com a redemocratização, visando a superação da crise econômica que permeou o início do processo de transição para o regime democrático. Utilizando o enfoque da teoria neo-estruturalista da inflação inercial, observamos a importância do apoio político para o controle gradual da inflação, com a indexação completa da economia, bem como a necessidade de uma reforma fiscal que permita a manutenção das medidas de controle inflacionário. De tal modo, foi evidenciado que foram aspectos relevantes tanto a falta de um diagnóstico preciso sobre o tipo de inflação, quanto as condicionantes políticas para a otimização das medidas anti-inflacionárias, em um cenário de recente institucionalização democrática e conformação de novos compromissos políticos almejando consolidar alianças que permitissem garantir a governabilidade.
O presente trabalho pretende analisar de forma sintética as relações político-econômicas que marcaram o planejamento para a estabilização econômica do Brasil no período entre a implementação do Plano Cruzado, em 1986, e do Plano Real, por volta de 1993 e 1994. Para tanto, foi feito o uso da pesquisa qualitativa e de cunho histórico, compreendendo-se, nos aspectos políticos e institucionais, alguns elementos relevantes para a apreensão das limitações e perspectivas à aplicabilidade das políticas econômicas surgidas com a redemocratização, visando a superação da crise econômica que permeou o início do processo de transição para o regime democrático. Utilizando o enfoque da teoria neo-estruturalista da inflação inercial, observamos a importância do apoio político para o controle gradual da inflação, com a indexação completa da economia, bem como a necessidade de uma reforma fiscal que permita a manutenção das medidas de controle inflacionário. De tal modo, foi evidenciado que foram aspectos relevantes tanto a falta de um diagnóstico preciso sobre o tipo de inflação, quanto as condicionantes políticas para a otimização das medidas anti-inflacionárias, em um cenário de recente institucionalização democrática e conformação de novos compromissos políticos almejando consolidar alianças que permitissem garantir a governabilidade.