Na gestão de um batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, a luta de um comando não se limita ao cuidado com o funcionamento da unidade. Além da preocupação com a redução dos indicadores estratégicos de criminalidade, os resultados esperados por parte dos superiores hierárquicos em relação à produção policial e ao cumprimento das normas disciplinares, é necessário administrar os conflitos internos e aqueles que emergem perante as relações institucionais com os demais órgãos da segurança pública e da justiça criminal, os poderes executivo e legislativo, e a sociedade. Entre os meses de janeiro e dezembro de 2019, a prática da observação participante, o diálogo constante com o comando do 32º Batalhão de Polícia Militar e a análise de documentos possibilitaram a identificação das prioridades estabelecidas e das estratégias adotadas na tentativa de superar os entraves decorrentes dos limites estruturais e culturais intrínsecos à corporação e do contexto social no qual o batalhão está inserido.