Procuramos entender como o Estado brasileiro buscou gerenciar a população livre pobre no período do Ronco da Abelha, movimento que ficou marcado pela resistência ao Censo Geral proposto pelo governo, em 1851. Fornecer dados pessoais ao governo poderia ser arriscado, deixando homens e mulheres sujeitos a encargos dos quais essa população queria se eximir. O temor do cativeiro era o que preocupava determinados grupos sociais, mas apontamos uma possível resistência a outro recurso estatal utilizado como instrumento de controle: o recrutamento de homens para o Exército, visto muitas vezes como um “tributo de sangue”. Para análise desses elementos, utilizaremos a Paraíba como interlocutora, consultando relatórios de presidente de província, correspondência entre autoridades, legislação do período, entre outras fontes diversas.
Procuramos entender cómo el Estado brasileño buscó manejar la población pobre libre durante el período Ronco da Abelha, un movimiento que estuvo marcado por la resistencia al Censo General propuesto por el gobierno en 1851. Proporcionar datos personales al gobierno podría ser riesgoso, dejando a hombres y mujeres sujetos a acusaciones de las que esta población quería eludir. El miedo al cautiverio era lo que preocupaba a ciertos grupos sociales, pero señalamos una posible resistencia a otro recurso estatal utilizado como instrumento de control: el reclutamiento de hombres para el Ejército, muchas veces visto como un “tributo de sangre”. Para analizar estos elementos, utilizaremos a Paraíba como interlocutor, consultando informes del presidente de la provincia, correspondencia entre autoridades, legislación de la época, entre otras diversas fuentes.