Tendo como fontes primordiais a Introdução e as Notas da primeira tradução brasileira em livro de Romeu e Julieta, feita por Onestaldo de Pennafort e publicada em 1940 por iniciativa do Ministério da Educação e Saúde, este artigo discute o sentido e as estratégias desses paratextos editoriais no seio de um projeto estatal de tradução de clássicos do teatro. A partir desse estudo de caso, objetiva-se demonstrar como paratextos podem atuar de maneira contundente como protocolos de leitura, configurando-se como escritos que podem orientar a experiência de leitura de traduções, operando como dispositivos mediadores nesse complexo processo.
Having as main sources the Introduction and the Notes of the first Brazilian translation in book of Romeo and Juliet, made by Onestaldo de Pennafort and published in 1940 by initiative of the Ministry of Education and Health, this article discusses the meaning and the strategies of these editorial paratexts in a state project of translation for theatre classics. From this case study, we aim to demonstrate how paratexts can act in a forceful way as reading protocols, being configured as writings that can guide the experience of reading translations, operating as mediating devices in this complex process.