Neste artigo, em um exercício sobre como pode-se registrar uma pesquisa cênica - de atriz - apresentam-se as cenas iniciais e finais do espetáculo Helena Vadia, uma performopalestra híbrida de uma peça de teatro e um texto acadêmico, fruto de pesquisa de Mestrado em Artes da Cena pela Unicamp. Uma atriz junto da plateia se pergunta sobre performatividades de gênero: o que pode ser mulher? Para analisar porquê se compreende homens e mulheres como seres em oposição diametral, ela fala sobre um mito que data da Pré-História: a grega Helena e suas representações ao longo dos séculos em diálogo com questões contemporâneas.
This article is an exercise about possibilities to register a scenical research made by an actress. It is written the initial and final scenes of “Slut Helen”, a perfoconfe- rence hybrid by a show and an academic text. An actress at the audience asks about gender performativities: what is to be a woman? To analyze why men and women are understood as beings in diametrical opposition, she speaks of a myth dating from prehistory: the Greek Helen and her representations over the centuries in dialogue with contemporary issues.