Objetivo: descrever a distribuição dos óbitos por câncer de colo do útero no Brasil. Métodos: trata-se de um estudo ecológico e descritivo, com uma abordagem quantitativa. Foram utilizados dados secundários, disponibilizados no Sistema de Informações sobre Mortalidade e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dos anos de 2010 a 2019. As variáveis utilizadas no estudo foram ano, localização geográfica, raça/cor, escolaridade e faixa etária. Os dados foram apresentados em tabelas, gráfico e mapa, por meio de frequências absolutas e relativas, sendo utilizados os softwares Excel e o SIG QGIS 3.16. Resultados: o Brasil apresentou uma tendência crescente para o número de óbitos e Taxa de Mortalidade por Câncer de Colo do Útero. A prevalência foi maior na população negra (53,66%); na faixa etária de 40 a 59 anos (42,00%) e 60 anos ou mais (42,47%); e com apenas 1 a 3 anos de escolaridade (23,69%). Além disso, em relação à distribuição geográfica das taxas de mortalidade, nota-se que não é uniforme no território nacional. No geral, destacamse os estados das regiões Norte e Nordeste, em especial, o estado do Amazonas. Conclusões: a análise da distribuição dos óbitos por câncer de colo do útero é uma estratégia para identificação de populações vulneráveis, contribuindo para o direcionamento das políticas públicas voltadas para a prevenção da neoplasia.
Objective: to describe the distribution of deaths from cervical cancer in Brazil. Methods: This is an ecological and descriptive study, with a quantitative approach. Secondary data were used, made available in the Mortality Information System and the Brazilian Institute of Geography and Statistics, from 2010 to 2019. The variables used in the study were year, geographic location, race/color, education, and age group. The data were presented in tables, graphs and maps, using absolute and relative frequencies, and the software Excel and the SIG QGIS 3.16 were used. Results: Brazil showed an increasing trend for the number of deaths and mortality rate from cervical cancer. The prevalence was higher in the black population (53,66%); in the age group of 40 to 59 years old (42,00%) and 60 years or more (42,47%); and with only 1 to 3 years of schooling (23,69%). Furthermore, regarding the geographic distribution of mortality rates, it is noted that it is not uniform across the national territory. In general, the states of the North and Northeast regions stand out, especially the state of Amazonas. Conclusions: The analysis of the distribution of deaths from cervical cancer is a strategy for identifying vulnerable populations, contributing to the direction of public policies aimed at preventing cancer.