O problema do presépio no Palácio de La Moneda

Revista Agenda Política

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ISSN: 23188499
Editor Chefe: Thaís Cavalcante Martins, Mércia Alves, Marcelo Fontenelle e Silva
Início Publicação: 30/06/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

O problema do presépio no Palácio de La Moneda

Ano: 2021 | Volume: 9 | Número: 2
Autores: C. Bellolio
Autor Correspondente: C. Bellolio | cristobal.bellolio@uai.cl

Palavras-chave: símbolos religiosos, estado laico, secularismo, chile

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Um dos focos renovados de interesse na teoria política liberal é a maneira como os estados exibem símbolos religiosos no uso de sua capacidade expressiva, ou seja, sem coerção. Essas formas de estabelecimento religioso simbólico são permissíveis em um estado formalmente separado da igreja? Essa questão é relevante para o caso chileno, onde a autoridade comemora uma série de rituais religiosos dentro do palácio do governo, sendo a instalação de um gigantesco presépio de Natal a que gera mais resistência em uma fração da crescente população de ateus, agnósticos e não-crentes em geral. Este artigo baseia-se na recente teoria do “secularismo mínimo” de Cecile Laborde para argumentar que a manjedoura de La Moneda só é politicamente relevante se enviar uma mensagem de exclusão cívica a uma identidade vulnerável e subordinada, questão difícil de provar neste caso.



Resumo Inglês:

In the last few decades, liberal political theorists have been increasingly concerned in the way states sponsor religious displays in their expressive capacity, that is, without coercion. ¿Are these forms of symbolic religious establishment permissible in a statethat is legally separated from the church? This question gains relevance in the Chilean case, wherein the authority commemorates a variety of religious rituals inside the government palace. The one that arouses more resistance among the growing populationof atheists, agnostics and non-believers in general is the giant Christmas crèche or Nativity scene. This article draws on Cecile Laborde's recently influential theory of “minimal secularism” to argue that the crèche in La Moneda only becomes politically problematic if it sends a message of civic exclusion to a vulnerable and subordinate identity, an argument that is hard to follow in the case of its critics.



Resumo Espanhol:

Uno de los renovados focos de interés de la teoría política liberal ha sido la forma en que los estados despliegan símbolos religiosos en el uso de su capacidad expresiva, es decir, sin coerción. ¿Son estas formas de establecimiento religioso simbólico permisibles en un estado formalmente separado de la iglesia? Esta pregunta es pertinente para el caso chileno, donde la autoridad conmemora una serie de ritos religiosos al interior del palacio de gobierno, siendo la instalación de un pesebre gigante de Navidad el que genera más resistencia en una fracción de la creciente población de ateos, agnósticos y no creyentes en general. Este artículo recurre a la recientemente influyente teoría del “secularismo mínimo” de Cecile Laborde para concluir que el pesebre en La Moneda solo es políticamente relevante si envía un mensaje de exclusión cívica a una identidad vulnerable y subordinada, lo que es difícil de argumentar desde la perspectiva de sus críticos.