Este texto objetiva tecer algumas reflexões sobre a construção da imagem do indígena na práxis de sala de aula, em séries iniciais do ensino fundamental, em uma escola pública brasileira, e relacionar tal construção identitária com o conceito do exótico. Tendo como locus de enunciação as Teorias Decoloniais, proponho uma leitura crítica de algumas atividades desenvolvidas por alunos e professores a partir de uma (re)leitura do livro de literatura infantil Abaré, produzido pelo MEC. Durante a análise, buscamos observar se a identidade do indígena ainda está relacionada, nos dias atuais, com o conceito de exótico, estranho, diferente: qualificações que lhes foram dadas pelo colonizador, o que corrobora com a discriminação e manutenção de desigualdades.