A rodovia Transamazônica perfaz 50 anos de existência. O texto, ao delimitar esse período, expõe aos interessados cinco leituras possíveis de sua história. Certos de que um retrato fidedigno de sua trajetória é infactível em estudos de História, assumimos a seleção deliberada de episódios encontrados em fontes e documentos consultados, para, de algum modo, representar as inúmeras faces do objeto. Partimos do prefixo “trans” como dispositivo de interpretação da palavra “transamazônica”. Ao determinar tal prefixo como um potencializador de significados, pudemos identificar outras qualidades e entendimentos para a rodovia que não somente a de uma infraestrutura de transporte. A rodovia Transamazônica é, sobretudo, uma ação envolta por inúmeros atributos: é transfigurar por simbologias, é transpassar por escalas, é transformar pela tecnificação, é transparecer por paisagens utópicas, é transtornar pelos invisibilizados. São retratos de uma rodovia que a floresta, a seu modo, conseguiu domar. Mas, até quando?
The Transamazônica highway is 50 years old. By delimiting this period, the text exposes to interested readings five possible parties of its history. Certain that a reliable portrait of its trajectory is infactible in History studies, we assume the deliberate selection of episodes found in consulted sources and documents, so that we could somehow represent the countless faces of such an object. We started with the prefix “trans” as a device for interpreting the word “transamazônica”. When determining such a prefix as an enhancer of meanings, we can identify other qualities and understandings for this road than just a transport infrastructure. The Transamazônica highway is, above all, an action, surrounded by innumerable attributes: is to transfigure by symbologies, it is to go through scales, it is to transform by technification, it is to show through utopian landscapes, it is upsetting by the invisible. They are portraits of a highway that the forest, in its own way, managed to tame. But until when?