Este artigo é uma análise do processo de escrita da dramaturgia Odisseia 116 a partir de uma viagem que durou seis dias de ida e volta de ônibus entre o Rio de Janeiro e o Ceará. A dramaturgia se estrutura sobre uma tríade: as características autobiográficas; a possibilidade de entrevistar pessoas e fotografar as paisagens em viagem e a Odisseia homérica, obra inspiradora dessa escrita. Uma cartografia surge como metodologia a partir da viagem e se consolida na dramaturgia. Dialogo com entrevistas cedidas por Antônio Araújo e Bernardo Carvalho sobre o espetáculo BR3. Nas considerações finais, aponto para três cartografias possíveis: a cartografia da viagem, a cartografia da dramaturgia e a cartografia da sala de ensaio.
This article is an analysis of the writing process of the dramaturgy Odisseia 116 based on a six-day trip by bus between Rio de Janeiro and Ceará. Dramaturgy is structured on a triad: autobiographical characteristics; the possibility of interviewing people and photographing traveling landscapes and the Homeric Odyssey, the inspiring work of this writing. A cartography emerges as a methodology from the trip and consolidates itself in dramaturgy. Dialogue with interviews given by Antônio Araújo and Bernardo Carvalho about the BR3 show. In the final considerations, I point to three possibl e cartographies: the travel cartography, the dramaturgy cartography and the rehearsal room cartography.