Quem tem medo de Paulo Freire e por quê?

Revista de Educação Popular

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ISSN: 1982-7660
Editor Chefe: Regina Nascimento Silva
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar

Quem tem medo de Paulo Freire e por quê?

Ano: 2021 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: Benerval Pinheiro Santos
Autor Correspondente: Benerval Pinheiro Santos | [email protected]

Palavras-chave: Paulo Freire, Reações, Golde de Estado, Educação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, buscamos identificar e apresentar dados e fatos que, de algum modo, configuram os processos de perseguição e anulação de Paulo Freire e das suas contribuições teóricas e práticas pelos grupos economicamente dominantes de nosso país. Para isso, buscamos em registros, fatos históricos e documentos oficiais embasamentos que, em conjunto, mostram-nos que as reações a Freire têm origem no seio desses grupos dominantes e que fazem parte de uma estratégia de manutenção de regalias e domínios. Avançamos até a história recente, que tem o golpe político, jurídico e midiático de 2016 como um dos passos do processo de dominação desses grupos. Em termos teóricos, buscamos embasamento em referências nos campos da História e da Educação. As teorizações e contribuições de Freire são trazidas no sentido de evidenciar pontualmente o porquê as reações a ele são tão marcantes. Em nossas conclusões, retomamos os nossos objetivos e fazemos o que podemos considerar como um exercício teórico, quando apontamos um vir a ser, algumas possibilidades interrompidas em termos de uma trajetória abortada na linha de nossa história, com o golpe de estado de 2016.



Resumo Inglês:

In this article, we seek to identify and present data and facts that, in some way, configure the processes of persecution and annulment of Paulo Freire and his theoretical and practical contributions by the economically dominant groups of our country. For this, we seek, in records, historical facts and in official documents, basis that, together, show us that the reactions to Freire originate within these dominant groups and that they are part of a strategy of maintaining their perks and domains. We move on to recent history, which has the political, legal and media coup of 2016 as one of the steps in the process of domination of these groups. In theoretical terms, we seek to base references in the fields of History and Education. Freire's theorizations and contributions are brought in the sense of showing punctually why the reactions to him are so striking. In our conclusions, we resume our objectives and do what we can consider as a theoretical exercise, when we point out a becoming, some interrupted possibilities in terms of an aborted trajectory in the line of our history, with the coup d'état of 2016.