Este texto é parte da construção entre: experiências pessoais e a peça de dança intitulada Mordedores que tem como idealizadoras a brasileira Marcela Levi, do Rio de Janeiro, e a argentina Lucía Russo, radicada no Brasil. Podemos entender a mordida como uma ação cotidiana, um hábito, já que todos a realizamos de forma natural desde os primeiros meses de vida. Quando esse natural é levado à cena, como forma de dança, ganha algumas possiblidades de investigação diferente daquilo que se é observado no cotidiano. A mordida que é apresentada ultrapassa a barreira do comum e chega ao que é compulsivo, não controlável. Dentro desse contexto, a coreografia se desenrola em um jogo onde a ação de morder adquire infinitude. Proponho-me a realizar uma breve análise a partir do vídeo da peça e das memórias que me recorrem, para isso, divido o texto em subtópicos cuja construção é de ordem cronológica às lembranças. Assim...
Um verbo que se comporta como substantivo, sujeito ativo, presente e constitutivo do homem-animal.
Mordamos!
The text below discusses the articulation between: personal experiences and the dance piece titled Theethers (as a possible translation for the name in portuguese, Mordedores) idealized by Marcela Levi, from Rio de Janeiro, Brazil, and the Argentinean Lucia Russo, rooted in Brazil. It is possible to conceive the bite as an ordinary act, a habit, since every human being execute this action in a natural way from early childhood. When this naturalized act is taken to the scene as a dance, it reveals a new approach beyond bite as an ordinary act. During the dance piece, this action becomes compulsive, uncontrollable. Within this context, the choreography unfolds an endlessly game of bites. This article relates the play’s audiovisual material to a personal universe that gives support to divide this text into subtopics according to a chronological memory.