O flashmob e o rolezinho: considerações sobre a construção estética de um corpo político coletivo num espaço de ostentação capitalista

Urdimento

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta - 1907 - Santa Mônica
Florianópolis / SC
88035-901
Site: http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/index
Telefone: (48) 3664-8353
ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

O flashmob e o rolezinho: considerações sobre a construção estética de um corpo político coletivo num espaço de ostentação capitalista

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 26
Autores: Fátima Costa de Lima, Stephan Arnulf Baumgärtel
Autor Correspondente: Fátima Costa de Lima | [email protected]

Palavras-chave: Corpo político coletivo, estratégias estéticas, espaço urbano, litígio socioeconômico

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo discute o flashmob e o rolezinho no que diz respeito a suas eficácias transgressivas e/ou conciliatórias. Discutimos suas diferentes estratégias estéticas para tornar visível algo que se mantém cotidianamente invisível no espaço urbano sobretudo sob a ótica do litígio socioeconômico. Refletimos sobre as lógicas com quais as duas práticas propõem o que Jacques Rancière chama de “partilha do sensível”, a percepção do espaço comum e, nele, a participação do público por meio da ação coletiva. Argumentamos que os flashmobs conciliam os espectadores-participantes com o status quo e seguem a lógica homogeneizante ou policial, enquanto os rolezinhos abrem as contradições da sociedade brasileira e reorganizam o espaço compartilhado conforme uma lógica genuinamente política.



Resumo Inglês:

The following articles discusses flashmob and rolezinho, in what concerns their transgressive or reconciliatory efficiency. We discuss their different aesthetic strategies to turn visible what is usually meant to stay invisible in urban space, most of all the different modalities of the socio-economic dispute. We reflect on the logic by which the two practices propose what Rancière calls the “distribution of the sensible”, the perception of the common space and the participation of the public in it by way of collective action. We argue that flashmobs overall reconcile its participants with the hegemonic status quo and follow what Rancière calls a police logic, whereas the rolezinhos expose the contradictions of Brazilian society and distribute the shared space according to a political logic.