Análise do poema "Marinha", de Ruy Espinheira Filho, levando em conta a experiência do olhar e remetendo ao poema-cartaz como recorrência intersemiótica. O poeta aciona a metonÃmia para dar conta da sua experiência: ele está inteiro nos olhos que testemunham a paisagem, fazendo também parte dela. Dotado da potência encantatória das ondinas, da mobilidade do tempo, como no ciclo das marés, não apenas vê, também é visto e faz ver. Há um movimento que é de aproximação e distanciamento.
This essay presents an analysis of the poem "Marinha", by Ruy Espinheira Filho, regarding the looking experience and directing to the poster-poem as an intersemiotic recurrence. The poet makes use of metonymy to enclose his experience: he is fully seen by the eyes that witness the landscape, and is also a part of it. Endowed with the enchanting power of the ondinas and with the mobility of time, as in the tidal cycle, he not only sees, but is seen and makes others see, establishing a movement of approaching and distancing.