Neste artigo, os corpos dos moradores de rua são pensados como última instância entre a vida e a morte no perambular pela cidade. Eles forjam estilos de masculinidades negociadas e animalizadas que acionadas em suas sociabilidades dão suporte às suas sobrevivências. A etnografia realizada na Praça do Ferreira-Fortaleza/CE e Centro POP analisa como o corpo dos michês da Ferreira se articulam no limite entre o humano, o não humano e o inumano. Narrado em cenas etnográficas, o artigo busca outro olhar para a valoração da aversão e repulsa aos corpos dos moradores de rua.
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In this article, the bodies of homeless people are thought as the last resort between life and death in wandering around the city. They forge styles of negotiated and animalistic masculinities that, triggered by their sociability, support their survival. This ethnography study made at Ferreira Square-Fortaleza / CE and Centro POP analyzes how the bodies of the hustlers of the Ferreira square are articulated at the limit between the human, the non-human and the inhuman. Narrated in ethnographic scenes, the article seeks another look at the valuation of aversion and repulsion of the bodies of homeless people.