O artigo discute a representação da pessoa e da obra de Henry Ford, no romance O Presidente Negro de Monteiro Lobato. Pela interpretação do texto literário, formula o ideário fordista com o princípio da eficiência. Propõe criticamente o princípio da continuidade, originário da filosofia de John Dewey, como alternativa ao fordismo, para fundamentar a reflexão sobre a educação e a vida social. Emprega a literatura como instrumento de reflexão e atribuição de significado, conforme a teoria deweyana da continuidade entre a experiência estética e intelectual. As conclusões têm relevância para as questões sociais e educacionais da contemporaneidade, além de abrir um campo de estudos sobre a função da literatura em uma forma de educação que promova o crescimento da vida compartilhada. Formula, a partir de Dewey, uma crítica ao fordismo e às formas mecanicistas de organização da vida social, incluindo a educação.