A malha corporativa do Estado Novo português procurou edificar-se de uma forma estratificada. Considerando esta ideia, patente nos estudos de Manuel de Lucena sobre a evolução do sistema corporativo português e em particular dos organismos corporativos ligados à lavoura, este artigo tem por objetivo singular apresentar uma leitura historiográfica sobre o Instituto Nacional do Pão (I.N.P.), um organismo de coordenação económica e fiscalização da indústria da panificação e atividades econômicasagregadas, criado nos anos iniciais do Estado Novo. A análise centra-se em questões formais sobre a sua natureza, formação, funcionamento e articulação na esfera corporativa e política.
The corporative regime of the Portuguese Estado Novo tried to build itself upon a hierarchy of organisms as show by Manuel de Lucena in his studies. Following those same studies about the Portuguese corporative system, this article’s main goal is to present a historiographic view over the Instituto Nacional do Pão (I.N.P.), an infrastructure of economic coordination and inspection created during the initial years of the Portuguese Estado Novo, to ensure corporate control over the national bakery industry and aggregated economic sectors. This article focuses itself on topics about it’s nature, creation, operation and articulation within the political and corporative spheres.