Pensar a dinâmica entre a História e as Relações Internacionais ainda é algo recente dentro da historiografia brasileira e, se hoje vemos um maior aprofundamento das pesquisas, podemos atribuir ao trabalho do Prof. Dr. Rodrigo Christofoletti. Pesquisando o tema há mais de uma década, suas publicações constituem o principal referencial teórico do campo no Brasil ao abordar como o patrimônio cultural se comporta dentro da interface das Relações Internacionais, sendo um pioneiro na reflexão sobre o conceito de soft power. Em sua longa trajetória de atuação, destacam-se as publicações “Bens Culturais e Relações Internacionais: o patrimônio como espelho do soft power”, “Patrimônio como esteio das relações internacionais: Em questão o Soft Power” e a organização do I Congresso Internacional Gestão dos Patrimônios da Humanidade Urbanos, do qual se originou a obra “World Heritage Patinas: action, alerts and risks”, que reúne pesquisas que tangem toda uma gama de problemáticas e dinâmicas dos patrimônios da humanidade. Atualmente, o pesquisador coordena o Grupo de Pesquisa CNPq “Patrimônio e Relações Internacionais” e orienta diversas pesquisas que abordam o patrimônio cultural enquanto soft power brasileiro, tráfico ilícito de bens culturais e colecionáveis criminogênicos, e os patrimônios da humanidade.
Nesta entrevista, Christofoletti falou sobre o desenvolvimento da temática no Brasil, o panorama atual da atuação da UNESCO e como ele vê a dinâmica entre o Patrimônio Cultural e as Relações Internacionais em meio as mudanças políticas mundiais e a pandemia que atualmente ainda estamos tentando conter.