Através deste artigo, pretendeu-se discutir acerca das teorias e noções de gênero, partindo da perspectiva da pensadora estadunidense Judith Butler (1990a; 2019b), de como as estruturas patriarcais são fortemente reproduzidas em contexto social, sobretudo por indivíduos que se encontram presos aos padrões culturalmente impostos pela heteronormatividade compulsória. Haja vista esses rituais de passagem (GENNEP, 2011) e rituais de crise de vida (TURNER, 2005), a artista-pesquisadora, proponente desta comunicação, em parceria com o Grupo de Pesquisa e Extensão Cruor Arte Contemporânea da UFRN e Homens Libertem-se, levou às ruas um manifesto para contestar e refletir acerca das imposições patriarcais, contribuindo a seu modo, para subverter essa realidade por meio da Performance Urbana. Por fim, ergue-se, desta maneira, um tripé de interlocução entre noções de gênero, padrões de comportamento e atos performáticos urbanos em coralidade.
Through this article, it was intended to discuss about gender theories and notions, from the perspective of the American thinker Judith Butler (1990a; 2019b), of how patriarchal struc-tures are strongly reproduced in a social context, especially by individuals who are imprisoned by standards culturally imposed by compulsory heteronormativity. Considering these passage rituals (GENNEP, 2011) and life crisis rituals (TURNER, 2005), the artist-researcher, proponent of this communication, in part-nership with the Research and Extension Group Cruor Arte Contemporânea at UFRN and Man Free Themselves, he took to the streets a manifesto to contest and reflect on the patriarchal impositions, contributing in his own way, to subvert this reali-ty through Urban Performance. Finally, in this way, a tripod for dialogue between gender notions, behavior patterns and urban performance acts in chorality is erected.