Este artigo trata das reflexões elaboradas a partir da prática Com as mãos na rua. Baseado em três encontros específicos decorrentes de tal prática, vou tecer a sugestão de que durante seu acontecimento surgem modos de convivência social dissidentes do habitual. Para isto serão articuladas discussões pelas seguintes perspectivas: a visão contemporânea sobre o gesto da caminhada pelo autor italiano Adriano Labbucci na primeira parte; o conceito de Escultura Social desenvolvido pelo artista alemão Joseph Beuys, e os fundamentos antroposófico sobre os fazeres manuais por Rudolf Steiner na segunda parte; a noção de Programa Performativo pela artista brasileira Eleonora Fabião, e o conceito de inoperosidade do filósofo italiano Giorgio Agamben na terceira e última parte.
This article deals with the reflections elaborated from the meeting of the practice With the hands in/on the street. Based on three of those meetings, I will weave the idea that during that practice, other ways of social coexistence appear, dissi-dents from the usual ones. For this purpose, discussions will be articulated in three different perspectives: the contem-porary view on the gesture of walking by Italian author Adriano Labbucci in the first part; the concept of Social Sculpture developed by German artist Joseph Beuys, and the anthropo-sophical foundations about manual making by Rudolf Steiner in the second part; the notion of Performative Program by Brazilian artist Eleonora Fabião, and the concept of inopera-bility by Italian philosopher Giorgio Agamben in the third and last part