O artigo apresenta reflexões sobre o Festival Giacomo Bartoloni 60 Anos, ocorrido de 9 a 11 de agosto de 2017 no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, aproximando-se de teorias que sustentam a história e suas biografias construídas em narrativas. A trajetória desse docente, intérprete e compositor de músicas para o violão de concerto é debatida, fundamentada em conceitos sobre narrativa histórica. O evento seguiu o modelo de um festival de violão clássico para homenagear os 60 anos desse violonista, organizado por Gilson Antunes, Cleyton Fernandes, Fábio Bartoloni (ex-alunos), Gisela Nogueira e Luciano Morais (ex-colegas), com uma programação visivelmente planejada com o intuito do referido tributo ao violonista, no entanto, a ocasião propiciou debater a atividade artístico-cultural do meio erudito musical, a docência, incluindo o nível superior e o papel da universidade pública, bem como o retrato de uma geração que viu o violão passar de instrumento marginalizado a atuante na tradicional música de concerto.