Este artigo trata de uma questão que está ligada às resistências ao protagonismo laical: o poder sagrado na Igreja. Ao longo da história eclesial, os ministros foram revestidos de um grau de sacralidade e de poder, o que difi culta, por vezes, a inserção dos leigos e leigas. Também a concentração do poder pontifício é evidente. As sombras históricas se confrontam com a proposta Evangélica: Jesus, um leigo, ensinou aos discípulos por exemplos e por palavras que a autoridade não é o exercício do domínio hierárquico. A comunidade que surgiu depois da Páscoa, contempla, por sua vez, uma pluralidade de serviços e ministérios. Diante das questões colocadas, apresentamos algumas pistas que apontam para a descentralização do poder eclesial: complementação entre o poder institucional e o poder carismático; implementação de caminhos de sinodalidade e liberdade; criação de comunidades de tamanho humano; promoção de uma Igreja ministerial e do protagonismo laical; autoconsciência da Igreja como servidora do mundo.
This article focuses on a matter of reference as to the resistances to lay protagonism: in the reality of sacred power in the Church. As along ecclesial history, ministers have been given a degree of sacredness and power, that by times, makes it diffi cult for the real insertion of the lay community into the Church. Also, the concentration of pontifi cal power is apparent. Historical shadows are confronted with the Gospel proposal: Jesus, a lay man, taught his disciples - as by examples and words - that authority is not the exercising of hierarchical power. The community which arose after Easter, contemplates in its reality, a pluralism of services and ministries. As by such standing matters, we are then bound for bringing up some higher clues that direct to the decentralization of ecclesial power: complementation between the institutional and charismatic power; the implementation of sinodality and of freedom paths; the raising of communities of a human-sized ideal; the promotion of a ministerial Church and of the leading role of the lay people; the self-consciousness of a Church as server of the World.