Este estudo tem como objetivo descrever a prevalência de nascidos registrados como sexo ignorado no Brasil, no período 2008-2017. É um estudo epidemiológico e descritivo, com obtenção de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2008 a 2017, por meio de consulta no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC, do TABNET disponibilizados nesta plataforma. Os dados foram descritos e divididos por Estados do Brasil. No período estudado foi encontrado um total de 5009 (0,017%) nascidos vivos registrados como sexo ignorado em todo o Brasil. O menor índice de nascidos com sexo ignorado, 0,009%, foi registrado para os Estados do Amapá e Rio Grande do Sul, e os Estados de Goiás (0,047%), Roraima (0,044%) e Rio Grande do Norte (0,029%) apresentaram maior índice. Verificou-se que com os dados do preenchimento de informação do sexo do recém-nascido, marcado como sexo ignorado obtidos do SINASC é possível ter uma ideia da prevalência desta anomalia no Brasil, no entanto, ressalta-se que, a qualidade desses dados podem fornecer indicadores valiosos sobre a saúde materna e infantil quando preenchidos de forma correta.
This study aimed to describe the prevalence of newborns with their sex registered as “ignored” in Brazil, from the period of 2008-2017. It is an epidemiological and descriptive study, using secondary data obtained from the IT department of the Brazilian Unified Health System (DATASUS), for the period of 2008 to 2017, through consultation in the Live Birth Information System – SINASC of the TABNET available on this platform. Data were described and divided according to the Brazilian states. In the studied period, a total of 5009 (0.017%) live births with their sex registered as ignored were found throughout Brazil. The lowest index of births with ignored sex, 0.009%, was registered for the states of Amapá and Rio Grande do Sul; and the states of Goiás (0.047%), Roraima (0.044%) and Rio Grande do Norte (0.029%) showed the highest indexes. It was found that, with the data filled in with the information of the newborn sex marked as ignored obtained from SINASC, it is possible to have an idea of the prevalence of congenital anomalies of the genitalia in Brazil. However, it is important to emphasize that the quality of these data can provide valuable indicators about the maternal and children’s health when filled in correctly.