Este texto busca apresentar a estética do cinema-punk refletindo e dialogando a partir do documentário "Nós vamos explodir tudo", de Lech Kowalski, sobre a revolta dos trabalhadores de uma pequena fábrica francesa. Kowalski, que impulsionou sua carreira cinematográfica na esteira do movimento punk, no final dos anos 1970, mantém e dialoga com a estética punk de fazer cinema, mesmo após 18 filmes e distante 39 anos de seu documentário sobre os Sex Pistols, reafirmando que, indiferentemente de retratar punks ou a pornografia, sempre faz filmes relacionados aos direitos humanos, às lutas cotidianas das pessoas, enquadrando sempre os esquecidos.
This paper aims to present the aesthetics of punk cinema by reflecting on and discussing the documentary "On Va Tout Péter", by Lech Kowalski, about the revolt of workers in a small French factory. Kowalski, who boosted his cinematographic career in the trails of the punk movement in the late 1970s, maintains and dialogues with the punk aesthetics of filmmaking, even after 18 films and 39 years away from his documentary about the Sex Pistols, reaffirming that, regardless of portraying punks or pornography, he always makes films related to human rights, the daily struggles of people, always framing the forgotten.