O engajamento das Igrejas na política: o caso dos pentecostais

Atualidade Teológica

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ISSN: 16763742
Editor Chefe: André Luiz Rodrigues da Silva
Início Publicação: 30/11/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

O engajamento das Igrejas na política: o caso dos pentecostais

Ano: 2020 | Volume: 24 | Número: 66
Autores: David Mesquiati de Oliveira
Autor Correspondente: D. M. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Igreja, Política, Pentecostais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Quando o assunto é participação política, os pentecostais estiveram à sombra de outros grupos cristãos por muito tempo. Como grupos minoritários centrados em disputas doutrinárias não tinham pretensões na arena política ou se sentiam já representados. A percepção muda com o aumento do número de adeptos na segunda metade do século XX – lê-se, mais força eleitoral –, com as mudanças na sociedade tradicional e com a abertura política após o enfraquecimento do regime militar em meados da década de 1980, com a Assembleia Constituinte. Principiam uma atuação mais organizada e corporativa, que indicava o surgimento de uma agenda religiosa. O questionamento que orienta o artigo é: Quais as consequências de se transformar a relação entre Igreja e Política em um projeto de poder centrado nos interesses corporativos? Que lugar caberia às Igrejas na participação política nacional? O objetivo é pensar o engajamento das Igrejas na política para além do alinhamento acrítico que se verifi ca em muitos setores na atualidade. Como percurso metodológico tomará a atuação dos pentecostais, embora as refl exões possam referir-se a outras Igrejas



Resumo Inglês:

When it comes to political participation, Pentecostals were in the shadow of other Christian groups for a long time. As minority groups centered on doctrinal disputes, they had no pretensions in the political arena or they already felt represented. The perception changed with the increase in the number of supporters in the second half of the 20th century – that is, more electoral strength –, with the changes in the traditional society model and with the political opening after the weakening of the military regime in the mid-1980s, with the Constituent Assembly. They begin a more organized and corporate action, which indicated the emergence of a religious agenda. The question that guides the article is: What are the consequences of turning the relationship between Church and Politics into a power project centered on corporate interests? What place would churches have in national political participation? The objective is to think about the Church’s engagement in politics beyond the uncritical alignment that is seen in many sectors today. As a methodological path, it will be based on the work of Pentecostals, although refl ections may reach other Churches.