Este ensaio propõe reflexões sobre o campo da narratividade enquanto instância da vida política das cidades a partir de uma pesquisa etnográfica realizada na comunidade do Monte Serrat, em Florianópolis. A partir da leitura e interpretação de narrativas produzidas e compartilhadas por pessoas e entidades com papel de mediação na comunidade, procuro discutir o gesto de narrar em associação com os modos de produzir o próprio território na cidade, sempre em um complexo campo de disputas com as representações hegemônicas da cidade sobre suas periferias.