Objetivos: Ampliar a compreensão da evolução histórica das concepções clínicas e da taxonomia dos transtornos do espectro obsessivo-compulsivo, assim como atualizar os profissionais na formulação desses diagnósticos. Metodologia: Foram examinadas todas as edições das classificações publicadas pela Organização Mundial de Saúde e pela Associação Psiquiátrica Americana, além dos principais livros-texto de psiquiatria clínica, de textos sobre a história e a evolução desses diagnósticos e de artigos científicos escritos pelas equipes responsáveis pela revisão das classificações atuais. Resultados: Após a descrição de alguns conceitos básicos, apresenta-se um apanhado histórico das principais mudanças nosológicas e nosográficas relacionadas a esses transtornos ao longo do tempo. Em seguida, finaliza-se com uma breve descrição de cada uma das entidades clínicas desse grupo, conforme estão definidas atualmente nos manuais, de forma a facilitar o reconhecimento e a efetivação de tais diagnósticos na prática. Conclusão: Nas classificações psiquiátricas atuais, ocorreram uma série de modificações no grupo dos transtornos obsessivo‑compulsivo e relacionados. É importante que essas inovações sejam amplamente difundidas, incorporadas aos processos de formação profissional, a programas de capacitação e treinamento, implicando incremento de competências na prática clínica e propiciando uma comunicação mais precisa e uniforme de dados clínicos.
Objectives: Understanding the historical evolution of the clinical concepts and taxonomy of the obsessive-compulsive spectrum disorders and updating the professionals on the formulation of those diagnoses. Methodology: We reviewed all editions of the classifications published by the World Health Organization and the American Psychiatric Association, the main textbooks on clinical psychiatry, texts on the history and evolution of these diagnoses, and articles written by the teams responsible for updating the current classifications. Results: We describe basic concepts and present a short history of nosological and nosographic shifts. Then, we finish with a brief description of the clinical entities in this group, as defined in the manuals, to ease the recognition and making of these diagnoses in clinical practice. Conclusion: Several changes have taken place concerning the obsessive-compulsive and related disorders in the current psychiatric classifications. It is of utmost importance that these innovations be thoroughly spread and integrated within the professional academic systems, continuous education, and training, thus increasing clinical practice competencies and enabling precise and uniform clinical data communication.