CIÊNCIA E FÉ EM HILDEGARD VON BINGEN

Basilíade

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ISSN: 2596-092X
Editor Chefe: Irineu Letenski
Início Publicação: 27/01/2019
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Teologia

CIÊNCIA E FÉ EM HILDEGARD VON BINGEN

Ano: 2022 | Volume: 4 | Número: 8
Autores: Maria Simone Marinho Nogueira, Ana Rachel G. C. de Vasconcelos
Autor Correspondente: M. S. M. Nogueira, A. R. G. C Vasconselos | [email protected]

Palavras-chave: Mulher medieval, Dialética, Razão, Fé, Século XII

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem por objeto o pensamento de Hildegard von Bingen, uma importante mulher que viveu no século XII e deixou diversas obras escritas. Em suas obras médico-científicas e visionárias, é possível tanto identificar as suas principais influências intelectuais como compreender a sua visão sobre o homem e o universo. A partir daí, muito do contexto em que ela viveu – da conflituosa transição da cosmologia simbólica platônica para a astronomia de Aristóteles e Ptolomeu – se torna mais claro. Em seu tempo, a filosofia começava a ter contornos próprios, mais definidos, descolando-se da teologia e até mesmo investigando questões concernentes à fé, o que incomodou a muitos. Este artigo traz a postura de Hildegard diante desta contenda: ela, como monja beneditina, mesmo conhecendo e sendo influenciada por pensadores importantes e valorizando o papel do conhecimento para a prática da religião, reverbera o pensamento tipicamente monástico de desconfiança ante a valorização da dialética e tece críticas à postura dos filósofos escolásticos, enfatizando, em oposição a eles, a humildade e a proeminência da fé.



Resumo Inglês:

This paper focuses on the thinking of Hildegard von Bingen, an important woman who lived in the twelfth century and left several written works. In her medical-scientific and visionary works, it is possible both to identify her main intellectual influences and to understand her vision of man and the universe; therefore, much of the context in which she lived – from the conflicted transition from Platonic symbolic cosmology to the astronomy of Aristotle and Ptolemy – becomes clearer. In her time, philosophy began to have more defined contours of its own, detaching it from theology and even inquiring questions concerning faith, which bothered many. This article brings Hildegard's stance in the face of this dispute; she, as a Benedictine nun, even knowing and being influenced by important thinkers and valuing the role of knowledge for the practice of Religion, reverberates the typically monastic thought of distrust in the face of the valorization of dialectics and criticizes the posture of scholastic philosophers, emphasizing, in opposition to them, the humility and prominence of faith.