VISUALIDADES DA COLONIALIDADE: ANÁLISE CRÍTICA DAS ESTRUTURAS DE GÊNERO NA CULTURA VISUAL PARA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA

Revista de Estudos em Educação e Diversidade

Endereço:
Estrada do Bem Querer, km 04 - Campus Universitário
Vitória da Conquista / BA
45083-900
Site: http://periodicos2.uesb.br/index.php/reed/
Telefone: (77) 3261-8663
ISSN: 2675-6889
Editor Chefe: Lúcia Gracia Ferreira Trindade, Rita de Cássia S. N. Ferraz e Roselane Duarte Ferraz
Início Publicação: 01/07/2020
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

VISUALIDADES DA COLONIALIDADE: ANÁLISE CRÍTICA DAS ESTRUTURAS DE GÊNERO NA CULTURA VISUAL PARA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA

Ano: 2022 | Volume: 3 | Número: 9
Autores: Ludmilla Pollyana Duarte, Larissa Melo Mendes
Autor Correspondente: Ludmilla Pollyana Duarte | [email protected]

Palavras-chave: Colonialidade. Visualidade. Relações de Gênero. Educação libertadora.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho traz reflexões que aproximam o campo da Cultura Visual às perspectivas Decoloniais através de bricolagens epistemológicas expressas aqui na relação entre Visualidade/Colonialidade. Por entender que a prática cultural do olhar, historicamente torna visíveis ou invisibilizam e negam determinados sujeitos e saberes (ROSE, 2016) e que a subversão da lógica de poder da colonialidade perpassa pelas dimensões teórica/ética/estética/política (SEGATO, 2012). Para tal, analisamos criticamente visualidades da colonialidade do poder, desde obras históricas até memes da internet que objetificam a mulher no âmbito familiar no Brasil, país com altas estatísticas de feminicídio -crime que acontece em maior parte nas relações familiares. Dessa forma, vislumbramos construções culturais que fundamentam a manutenção e naturalização de práticas violentas de dominação, estas que constituem os modos que vemos ou não a existência dos sujeitos e das sujeitas no mundo. Diante desse fenômeno e baseadas nas análises realizadas no presente trabalho, seguimos as pistas deixadas por Paulo Freire (2004) e buscamos delimitar o papel da educação, para além da escola, como instrumento da autonomia e libertação das mulheres marcados na concepção de educação transgressora da escritora feminista negra Bell Hooks (2013).



Resumo Inglês:

This work brings reflections that bring the field of Visual Culture closer to Decolonial perspectives through epistemological reflections expressed here in the correlation between Visuality/Coloniality. By understanding that the cultural practice of looking, historically makes visible or makes invisible and denies certain subjects and knowledge (ROSE, 2016) and that the subversion of coloniality's logic of power permeates the theoretical/ethical/aesthetic/political dimensions (SEGATO, 2012). To this end, we critically analyze visualities of the coloniality of power, from historical works to internet memes that objectify women within the family in Brazil, a country with high statistics of femicide -a crime that occurs mostly in family relationships. In this way, we envision cultural constructions that underlie the maintenance and naturalization of violent practices of domination, which constitute the ways in which we see or not the existence of subjects in the world. Faced with this phenomenon and based on the analyzes carried out in the present work, we follow the clues left by Paulo Freire (2004) and seek to delimit the role of education, beyond the school, as an instrument of women's autonomy and liberation marked in the conception of transgressive education by the black feminist writer Bell Hooks (2013).



Resumo Espanhol:

Este trabajo trae reflexiones que acercan el campo de la Cultura Visual a las perspectivas Decoloniales a través de reflexiones epistemológicas expresadas aquí en la correlación entre Visualidad/Colonialidad. Entendiendo que la práctica cultural de mirar, históricamente visibiliza o invisibiliza y niega ciertos sujetos y saberes (ROSE, 2016) y que la subversión de la lógica de poder de la colonialidad permea las dimensiones teórico/ética/estética/política (SEGATO, 2012) . Para ello, analizamos críticamente visualidades de la colonialidad del poder, desde obras históricas hasta memes de internet que cosifican a la mujer dentro de la familia en Brasil, país con altas estadísticas de feminicidios, delito que ocurre mayoritariamente en las relaciones familiares. De esta manera, vislumbramos construcciones culturales que subyacen en el mantenimiento y naturalización de prácticas violentas de dominación, que constituyen las formas en que vemos o no la existencia de los sujetos en el mundo. Frente a este fenómeno y con base en los análisis realizados en el presente trabajo, seguimos las pistas dejadas por Paulo Freire (2004) y buscamos delimitar el papel de la educación, más allá de la escuela, como instrumento de autonomía y liberación de las mujeres marcada en la concepción de la educación transgresora de la escritora feminista negra Bell Hooks (2013)